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O MUSEU D. JOÃO VI: entre memórias e pesquisas

  • Foto do escritor: Priscila Cardoso
    Priscila Cardoso
  • 3 de out. de 2024
  • 2 min de leitura
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O Museu D. João VI foi criado em 1979 e desde então, é parte integrante a Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O princípio da idealização deste museu data do século XIX, pois elementos de suas coleções são provenientes da antiga Academia Imperial, posteriormente renomeada com o título de Escola Nacional de Belas-Artes e que hoje é

reconhecida por Escola de Belas Artes da UFRJ.


Sua criação se deu por intermédio do então diretor Almir Paredes Cunha (artista plástico, museólogo e professor). Sua premissa era reunir, catalogar, preservar e divulgar obras, documentos e livros antigos, ligados à história da Escola de Belas-Artes, seus professores, professoras, alunos e alunas.


As obras que constituem o acervo do Museu D. João VI, em sua maioria, têm ou tiveram função didática ao longo dos anos de ensino e produção artística da EBA, participando da estruturação do ensino de artes no Brasil desde os tempos da Academia Imperial de Belas-Artes, o que impacta diretamente na produção criativa e no repertório imagético e técnico de vários artistas plásticos brasileiros que passaram seus anos de formação nessas instituições de ensino. Pode-se citar como exemplos de artistas: Vítor Meireles, Antônio Parreiras, Eliseu Visconti, passando por Burle Marx, Goeldi, Cândido Portinari, Oscar Niemeyer, Glauco Rodrigues, Lygia Pape, Tunga, Raymundo Colares, Adriana Varejão, entre muitos outros. São décadas de história participando do processo de construção da arte brasileira.


Este museu possui uma extensa reserva técnica e tem como proposta de curadoria permanente a multidisciplinaridade, integrando ideias de museologia, história da arte e historiografia da arte. É preciso entender que seu processo de curadoria envolve a utilização de conceitos que compreendem desde a proteção até a gestão e exibição de obras de arte consideradas de grande valor como acervo cultural e artístico. Por muito tempo somente foi permitido acesso a estas obras para um pequeno nicho de pesquisadores, em sua maioria de história da arte. Ou seja, ao invés de ser aberto à visitação pública, a proposta é orientada para atendimento ao público acadêmico e especializado.


De certa forma, o Museu D. João VI não comportou ao longo dos anos o atendimento aos dois tipos de público: o pesquisador, que vai ao museu com uma motivação específica; e um mais geral, que o visita por curiosidade ou por lazer. Contudo, nos últimos anos vem sendo feito um esforço por parte de toda equipe que atende no museu para propiciar o acesso à parte da coleção para todos os públicos visitantes, seja com visitas de grupos mediadas ou seja abrindo horários para visitação livre.


Tanto o Museu D. João VI quanto outros museus pelo Brasil procuram criar estratégias para garantir a aproximação do público espectador, propiciando o acesso a partilha do conhecimento sobre a memória artística, histórica e cultural ligada ao coletivo. Afinal, uma das funções primordiais dos museus, desde sua gênese, é ser um local de preservação da história, da cultura e da memória, sendo ainda uma fonte de divulgação, de contato e um espaço facilitador do diálogo entre as obras constituintes de seu acervo e o contexto sociocultural em que está inserido.

 
 
 

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